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Provas do Pisa serão aplicadas este mês a alunos nascidos em 1999.
Avaliação terá foco em ciências, mas vai aferir também leitura e matemática.
O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira (7) que cerca de 33 mil estudantes de 965 escolas, todos nascidos no ano de 1999, vão fazer as provas do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) deste ano. Os alunos são matriculados a partir do 7º ano do ensino fundamental. As provas serão aplicadas ao longo deste mês de maio. Os resultados do Pisa geram uma espécie de “ranking mundial de educação” e ajuda a definir políticas nacionais de ensino. Os resultados da nova avaliação do Pisa devem ser divulgados no segundo semestre de 2016.
O Pisa avalia a proficiência dos estudantes em ciências, matemática e leitura, e a cada edição uma das disciplinas tem uma importância maior. Em 2015, será ciências. Ao todo 70 países participam do Pisa.
O exame é aplicado a cada três anos para alunos com 15 anos de idade. Na última edição, feita em 2012 e divulgada em 2013, o Brasil ficou em 58º lugar em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
A prova deve ser feita em duas sessões de uma hora de duração cada e serão aplicadas em computadores. Os alunos terão ainda mais 35 minutos para preencher questionários. As questões são de múltipla escolha e simulam situações reais da vida. A edição deste ano vai pedir ainda uma avaliação adicional dos alunos em educação financeira e resolução colaborativa de problemas, com o objetivo de aferir como o estudante lida com seu dinheiro e como resolve situações do cotidiano.
Além de responderem às questões, os jovens preenchem um questionário com detalhes sobre sua vida na escola, em família e suas experiências de aprendizagem.
Última edição
Na última edição, em 2012, o Pisa foi aplicado a 510 mil alunos em 60 países que, segundo a OCDE, representam estatisticamente cerca de 28 milhões de estudantes de 15 anos. No Brasil, 19.877 alunos de 837 escolas completaram o exame, segundo o estudo.
O foco da avaliação de 2012 foi matemática. O Brasil ficou atrás de países latino-americanos como Chile, México, Uruguai e Costa Rica e à frente de Argentina, Colômbia e Peru. Os outros países piores que o Brasil são Tunísia, Jordânia, Qatar e Indonésia. Os melhores desempenhos do Pisa em matemática foram da China (Xangai), Cingapura, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul, Macau e Japão. A China (Xangai) também teve os melhores índices em leitura e ciências.
A média aritmética de desempenho nessas três áreas em 2012 foi de 402, um ponto acima da média alcançada em 2009. Veja abaixo o desempenho do Brasil nas últimas cinco edições do programa internacional:
Matemática
– Pisa 2000: 334 – Pisa 2003: 356 – Pisa 2006: 370 – Pisa 2009: 386 (57ª) – Pisa 2012: 391 (58ª)
Leitura
– Pisa 2000: 396 – Pisa 2003: 403 – Pisa 2006: 393 – Pisa 2009: 412 (53ª) – Pisa 2012: 410 (55ª)
Ciências
– Pisa 2000: 375 – Pisa 2003: 390 – Pisa 2006: 390 – Pisa 2009: 405 (53ª) – Pisa 2012: 405 (59ª)
Média geral
– Pisa 2000: 368 – Pisa 2003: 383 – Pisa 2006: 384 – Pisa 2009: 401 – Pisa 2012: 402
No relatório elaborado especificamente com os resultados brasileiros, a OCDE destacou a evolução do país em matemática entre 2003 e 2012, em leitura entre 2000 e 2012 e em ciências entre 2006 e 2012. Em 2013, o Brasil assinou acordo para se tornar membro do conselho diretor do programa.
Notícia publicada em 11 de maio de 2015
Para saber mais: http://tinyurl.com/oos8wpy